segunda-feira, junho 25

Dependência (Relato de um agarrado ao vício)

Começamos por curiosidade, como brincadeira, uma vez sem exemplo, só por diversão com os amigos, coisas leves, depois deixa de "bater" e passa-se para coisas mais pesadas e começa a dependência; o circulo de amigos torna-se aquele que só nos leva "para a má vida" as más companhias são as únicas que procuramos e pronto entramos num "poço sem fundo", a família e os amigos afastam-se, o emprego fica em risco e o ciclo vicioso da dependência toma conta da nossa vida por completo!
Pensamos que podemos parar quando quisermos, mas não é verdade; o que inicialmente era apenas um inflado em ocasiões de festa e que só deixava umas negras nos braços que desapareciam rapidamente, "depressa" passou para umas marrecas porque era a sequência normal e aí já chegávamos a casa com um brilho extra nos olhos, quando damos por nós estamos a fazer permanência (com uns Top Landings á mistura, sem ninguém saber) deixamos de conseguir esconder que a vida só com pés no chão já não faz sentido para nós, mas mesmo assim o corpo e a alma pedem ainda mais e só umas térmicazinhas é que dão pica, quando tentamos parar e começam as tremuras e comichões… temos de fazer só mais uma antes de parar…e mais uma..e mais uma…, no final batemos no fundo estamos no XC e já não há desintoxicação que nos valha !!!!!

Autor: Paulo Nunes

2 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

O Paulo Nunes é o flyer mais agarrado que conheço!

Quem dera a muitos um viciozinho assim, porque...

têm vícios muito piores, depravadíssimos, inconfessáveis, inenarráveis! Ou mesmo nenhum, coitados.

Urrah aos românticos pilotos de voo livre! Urrah!