Defina uma rota interessante e, para começar, sem grandes factores de complicação. Com o tempo, vá se propondo triangulações e distâncias maiores.
DICAS
No 1
Faça uma estimativa prévia do tempo que você levaria para completar o trajecto definido. Identifique até que altura as térmicas estão realmente produtivas, a velocidade de ascendência média e a velocidade e direcção do vento. Quem sabe usar o Anel McCready, pode, inclusive, adaptar a sua velocidade óptima de voo e estimar o tempo de voo com maior precisão. Nada do escrito acima, sugere que você vá sempre completar a prova. É só a 1a dica para se chegar lá. Estime um tempo para o trajecto.
No 2
Tendo estimado o tempo para o trajecto, o piloto mais esperto observou o dia e a previsão do tempo e, pela observação, terá uma ideia do início dos ciclos produtivos e dos seus intervalos. Desta forma, tente planear para voar a maior parte do tempo durante a melhor hora do dia, que varia entre 11:30hs e as 15:00h. Se o percurso for maior do que o intervalo ideal para se voar, divida o tempo extra pela metade e tente voar metade antes e metade depois deste intervalo ideal. Isto complica um pouco o início do voo, mas a concentração é melhor no início do voo, antes da fadiga ou stress.
No 3
Um relógio digital com programação para beep de hora em hora e alarme, pode ser bastante útil. O beep vai servir para lembrar para reparar quantos KMs você voou na última hora. Estes KMs devem estar de acordo com a média por hora estimada de voo. O recurso do alarme pode ser bem interessante para voos um pouco mais longos, em tempo de voo. Coloque o relógio para despertar por volta de 1 hora antes do por do sol (GPS). Como a tendência, com o por do sol, é de a atmosfera se estabilizar, tem que aproveitar a última térmica até o último milímetro e fazer a etapa final aproveitando o melhor planeio.
No 4
Durante o voo, repare sempre o ângulo entre a sua altura e a provável fonte da térmica actual. Isto irá ajudar a entrar mais rápido nas derivas dos próximos gatilhos.
No 5
Procure sempre ficar à frente da linha da rota, quando tiver vento lateral, por menor que este seja. No final do voo, devido à fadiga e stress, este pequeno contratempo pode atingir a sua paciência e encerrar prematuramente um bom voo. Para se manter no lugar mais adequado, deve saber a previsão de intensidade e direcção do vento no horário previsto do seu voo e traçar uma linha directa da descolagem para o objectivo, para saber, em cada lugar, onde se deve estar para não ficar atrás da linha da rota, em relação ao vento. Na fase final do voo, apesar de não parecer, vai fazer muita diferença estar do lado certo da rota, em relação ao vento.
No 6
Durante o voo, fique sempre à alerta para o seu nível de concentração e fadiga. Com o passar das horas, principalmente em voos difíceis, o desgaste vai debilitando a capacidade de se perceber dicas importantes de novas térmicas, fazendo nos esquecer de alguns detalhes importantes e deixando-nos menos pacientes. Procure hidratar-se bem durante o voo e, sempre que perceber uma falta de paciência, esqueça o voo por alguns segundos, observe a paisagem, tire algumas fotos e relaxe. Só não se esqueça de fazer isto num momento favorável do voo.
No 7
Observe e registre até a que altura as térmicas estão produtivas, a velocidade média das ascendentes do dia e a direcção e intensidade do vento. Vale para quem tem S2F calculator e vale para quem tem alguma malandragem e, durante o voo, mede o tamanho médio de suas transições e, além disto, conhece o seu parapente nos requisitos velocidade e planeio. Tenha em mente a que distância você pode fazer a tirada de planeio final para o seu objectivo. O GPS dá a velocidade sobre o solo, mas não dá a velocidade do vento na direcção do planeio. Com esta variável, você pode calcular melhor a eficácia de seu L/D para atingir o objectivo ou não.
No 8
A postura de voo, para evitar arrasto desnecessário e alterações abruptas no perfil, é muito importante. Nas tiradas, procure ficar estável na selete, seja deitado ou sentado, não use o acelerador de maneira estática e procure manter os braços rentes aos mosquetões. Evite os pêndulos, eles fazem o parapente perder uma performance considerável numa transição.
No 9
Excepto quand a térmica for tão espaçoso como um elevador, evite enrolar exageradamente apertado. O exagero na inclinação do aerofólio, denigre consideravelmente a performance do mesmo. Outra dica é esquecer de enrolar o mais lentamente possível. Alguns cálculos apontam a velocidade do melhor planeio como a melhor velocidade para se enrolar.
No 10
Use os outros pilotos como fonte de informação sobre as condições, mas sem deixar que estes decidam as suas acções em voo. Observar e usar é diferente de simplesmente imitar. Outra coisa importante, não siga pilotos com menos performance do que você. Em relação ao seu potencial e outros pilotos, você pode estar optando por andar atrás. Observe sempre os seus equipamentos. GPS e Vário dão importantes informações sobre as condições e performance o tempo inteiro e podem auxiliar em todas as decisões. Se você tem dificuldade para traduzir algum dado que os seus equipamentos lhe passam, não perca tempo em resolver este problema. Faz muita diferença.
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